segunda-feira, 24 de outubro de 2011

BLOG CAMPO E LAVOURA - 22/10/2011


Discursos acirrados marcam audiência sobre demarcação de terras

As comissões de agricultura da Câmara e do Senado realizaram audiência públicaconjunta sobre a demarcação de terras para comunidades indígenas e quilombolas. Com o auditório Dante Barone lotado, autoridades e representantes de movimentos sociais e dos agricultores fizeram manifestações fortes a cada discurso.
De um lado, os produtores pediam segurança jurídica para continuar produzindo. Do outroentidades de defesa dos índios e dos povos descendentes de escravos pediam reparação de direitos históricos. Pelo lado dos prefeitos, o prefeito de Getulio Vargas, Pedro Paulo Prezotto, reclama que os governos não dão segurança aos produtores.
- Terá o governo a capacidade de estancar as grandes ameaças que os agricultores sofrem? Será que tem Brigada Militar que vai segurar todo esse povo? Tirar gente de 90 anos de idade e nascido em cima da terra e levar eles aonde? – questiona.
Representando os agricultores, coordenador da Fetraf-Sul, Celso Ludwig, salienta que há como agricultores, quilombolas e indígenas conviverem num mesmo espaço. Mas afirma que estas áreas também precisam cumprir função social de produção.
- Já quero lançar o desafio, especialmente para o ministério público, pois temos muitas áreas já demarcadas. E estas áreas indígenas e quilombolas, muitas vezes, não são utilizadas da melhor maneira – informa.
Pelo lado dos quilombolas, o representante do movimento negro, Onir Araújo, pediu respeito pelos direitos dos povos quilombolas e indígenas. Ele lembra que este direito está garantido por tratados assinados pelo Brasil.
- Queremos que se respeite o direito à nossa existência enquanto quilombolas e indígenas. Direito garantido, inclusive, pelos tratados internacionais que o Brasil subscreve – salienta.
Representando os indígenas, o índio Francisco dos Santos disse que a constituição garante o direito do povo. Ele diz que os indígenas vão lutar até a morte para garantir seus espaços.
- Eu quero que a constituição garanta esse direito. E não tem que deixar pagar não. Nós, enquanto indígenas, nós vamos brigar sim. Enquanto tiver sangue correndo pelas minhas veias, eu vou lutar até a morte – exalta.
Entre as proposições apresentadas na audiência, quilombolas e indígenas propuseram que Incra e Funai tenham autonomia para fazer ações de demarcação. Já os agricultores pediram asuspensão imediata destas ações. Dados apresentados na audiência apontam que são pelo menos 130 áreas com cerca de 20 mil hectares em 123 municípios que estão em situação de conflito.

RÁDIO GAÚCHA ABRE ESPAÇO PARA A AUDIÊNCIA PÚBLICA

http://mediacenter.clicrbs.com.br/radio-gaucha-player/232/player/218121/discursos-acirrados-marcam-audiencia-publica-em-porto-alegre-sobre-demarcacao-de-terras-22-10-2011-5h/1/index.htm

* Para ouvir, basta seguir o link!

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE ÁREA QUILOMBOLAS E INDÍGENAS NO CORREIO DO POVO


Direito a terra em discussão

 Audiência pública lotou teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa<br /><b>Crédito: </b>  mauro schaefer
Audiência pública lotou teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa
Crédito: mauro schaefer
O teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa lotou, ontem, para a audiência pública sobre o direito à propriedade de terras e a demarcações de áreas indígenas e quilombolas. O impasse acontece porque a União definiu territórios para reparação aos índios e aos afrodescendentes que são ocupados por agricultores. Muitos são proprietários legais e residem há várias gerações.

O pedido de suspensão da demarcação de áreas de quilombolas e indígenas, em áreas onde não existe consenso, foi um dos encaminhamentos feitos pelos participantes ao final do encontro. Também houve pedidos de que sejam revistos os decretos que estabelecem as demarcações e que exista garantia de assistência aos produtores rurais.

O debate foi pacífico, mas permeado pela tensão que envolve a indefinição para milhares de pessoas em cerca de 130 comunidades de mais de 60 municípios gaúchos. Quem não conseguiu entrar, protestou e exibiu faixas. A segurança da Assembleia foi chamada para conter eventuais exaltações. O trabalho foi coordenado pelas comissões de Agricultura da Câmara e do Senado e de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia. Para o coordenador substituto da Funai do Litoral Sul, João Maurício Farias, a questão deve ser pautada por paz e bom senso. Lembrou que há anos o RS não enfrenta conflitos violentos por terras. Conforme o superintendente do Incra/RS, Roberto Ramos, estão em andamento 75 processos de comunidades quilombolas.

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE ÁREA QUILOMBOLAS E INDÍGENAS É TEMA DE REPORTAGEM DO CANAL RURAL

REPORTAGEM DO JORNAL GAZETA DO SUL (21/10/2011) REVELA A INSEGURANÇA DOS PRODUTORES RURAIS DE RIO PARDO AMEAÇADOS PELO PROJETO DE CRIAÇÃO DE ÁREA QUILOMBOLA

REPORTAGEM EXIBIDA PELO CANAL RURAL EM 13/10/2011 SOBRE OS AGRICULTORES ATINGIDOS PELO PROJETO QUILOMBOLA EM MAQUINÉ E OSÓRIO

REPORTAGEM EXIBIDA PELO CANAL RURAL SOBRE A AUDIÊNCIA EM BRASÍLIA